Se acha que o sexismo é coisa do passado, desengane-me. Atualmente assina a crónica semanal do jornal Expresso A vida de saltos altos e ainda disseca estes temas através das suas redes sociais. Surpreende-a que, em pleno século XXI, grandes marcas de moda e empresas de publicidade continuem a perpetuar estereótipos de género em torno da figura feminina? Isto vem ao encontro do que é a estrutura e os alicerces da nossa sociedade. Nós somos educados para isto desde pequeninos. Porque as marcas têm uma responsabilidade com as mensagens que passam. Uma coisa sou eu, pessoa, que publico uma fotografia minha com uma mama à mostra. Tenho a minha liberdade individual de o fazer.
Posição comum
E aquele em que outro jovem de torso esculpido louva uma margarina. E ainda um terceiro em que esbeltos rapazes dançam alegremente em boxers, anunciando um depilador masculino. Um banho no qual, frisa, todos estamos imersos, desde bebés: As crianças levam esta mexerufada ao cérebro desde pequeninas. Silvana sorri. Porque se a publicidade por um lado reflete e reproduz tendências sociais também produz estereótipos que agem sobre a sociedade. Ao mudar as representações podemos mudar a sociedade. Sem complexos, sem rodeios e sem desculpas esfarrapadas.